Romanos 7

Se entre poucos, se entre muitos

Se entre portas, se entre muros

Especialistas ou multidões

Ninguém se arrisca a incursões

Por isso o choro e o desespero

Por isso o espanto e também o medo

Erro, prisão, a mentira que alguém contou

E as vozes me gritam que eu sou quem eu não sou

Todos os dias possuem final

Todos os dias eu peço um sinal

Meu coração ainda deve valer

Despedaçado, insistindo em bater

Com lágrimas, pensando na justiça inevitável

Com gemidos, vasculhando a lei inexorável

É difícil olhar para trás e ver o opressor mortificado

Acreditar que seu fantasma não tem acessos ao meu lado

Sozinho eu não consigo e me rendo ao seu maltrato

Sozinho eu me conformo, sendo às trevas arrastado

"Você não é amado e nasceu para me servir"

"Seus dias são contados, seu 'Para sempre' é bem aqui!"

Meus movimentos impulsivos contra o âmago conspiram

Meus movimentos impulsivos me odeiam e abominam

Que homem miserável faz minha convicção!

E quem mudará o destino de perdição?

Então, a luz fechou os meus olhos cansados

Como nunca antes, eles foram blindados

Mesmo ofuscados e ardendo de dor

Foi uma dor conveniente de amor

A auréola do Herói que de novo chegou

E que, na verdade, nunca se ausentou

A cada alvorecer Ele vem me convencer

Vem me dar suas palavras e me reviver

Desisti de mim e esse foi o epílogo

Mas o sangue de Cristo escreveu outro prólogo

O meu prazer sempre esteve na beleza da verdade

E a Cruz foi a ponte para essa possibilidade

Especialistas ou multidões

Ninguém se arriscava a incursões

"Você é amado e nasceu para me adorar"

"Seu 'Para sempre' é comprado para ao meu lado ficar."