Coflito Interno

Vivo em constante busca...

Tomada pela dor da perda,

Me pergunto, quem é Deus para mim?

Que Deus é esse que permite tamanha dor?

Por muitas vezes orei, clamei por mudanças...

Vivo as consequências de minhas escolhas!

Há momentos de plena felicidade,

Outros de total solidão!

Sou uma rosa frágil...

Mas ninguém concebe!

Não compreendo os meus caminhos,

São confusos demais!

Quando penso que está tudo fluindo...

Algo me faz retroceder!

Entre a paixão e a calmaria,

Quero a ilusão!

O sofrimento é atroz!

Vivo entre a dor da ausência,

A certeza dos meus dias,

E o delírio da ilusão!

A razão é clara,

Quão enganoso é o coração!

Ahh o coração na verdade é muito simples,

Dita as regras à sua maneira!

Me pergunto: Cadê Deus? Conserta tudo a sua maneira?

O silêncio consome o meu coração!

E permaneço nessa ilusão de te querer,

Na tentativa de voltar ao passado,

Trazer de volta tudo que se perdeu,

Ou lutar contra o vento, contra a ilusão?

Nessa hora admiro o homem sábio!

Minha fé é do tamanho de um grão de areia...

Os questionamentos não páram,

Me condeno por isso!

Isso me afasta de Deus!

Entre a carne e a santidade,

Desejo perder-me!

O inferno é aqui, dentro de mim!

Minhas dúvidas ultrapassam a razão,

Sou uma alma que vaga na escuridão dos meus anseios,

Meu mundo é de sonhos!

Queria tanto poder ser real!

Mas não sou!

Sou uma imagem refletida no tempo que se perdeu...

Sou uma voz que ecoa no vento,

Sou o desejo de alcançar o inatingível!

Almejo a eternidade em meus pensamentos,

Me perco por horas presa nas minhas convicções!

Há quem possa me entender,

Mas não me pertence!

Há um sonho para sonhar que não é meu!

Pergunto para Deus, porque?

Sou uma formiga andante,

Pisada e esmagada a todo instante!

Queria ser um pássaro...

Queria voar bem alto e sentir a liberdade!

Preciso de cuidados especiais,

Carrego essa dor da perda dentro de mim...

Isso é constante, não passa nunca!

O amor transborda em mim!

A Ti Senhor elevo o meu clamor,

Porém, questiono os teus preceitos!

Não sou digna de Ti!

Olho para o lado e vejo que não mereço tal coisa,

Mas olho para dentro de mim e vejo que mereço,

Ao menos uma vez!

Não me arrependo, já estou condenada?

Torno a dizer: o amor transborda em mim!

Sou intensa, sou assim...

Um vaso de barro rachado!

Minha alma esta em constante conflito interno!

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Intensidade
Enviado por Intensidade em 18/07/2016
Reeditado em 19/07/2016
Código do texto: T5701492
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