Longe de Éden
Debaixo deste sol castigado
Curvado perante a terra
Aprendo dolorosamente ter fé
Distante de tua presença
Cumpro sentença
Alma vagueia pela inexistência...
Sou servo do que alimenta
Contido no finito, respiro poeiras do espaço...
Meus pés exaustos, carregam as dores dos percalços...
Sobrevivo tormentas,
Minhas mãos expressam asperezas da labuta violenta...
Sou humanidade caída...
Sou homem sem saída...
Sou enfermidade epidérmica
Sou flor de espinhos, sem pétalas...
Sou expulsão, sou ladrão
Exilado pelo pecado
Do pecado de Adão...
Minha fé, último quinhão...