Longe de Éden

Debaixo deste sol castigado

Curvado perante a terra

Aprendo dolorosamente ter fé

Distante de tua presença

Cumpro sentença

Alma vagueia pela inexistência...

Sou servo do que alimenta

Contido no finito, respiro poeiras do espaço...

Meus pés exaustos, carregam as dores dos percalços...

Sobrevivo tormentas,

Minhas mãos expressam asperezas da labuta violenta...

Sou humanidade caída...

Sou homem sem saída...

Sou enfermidade epidérmica

Sou flor de espinhos, sem pétalas...

Sou expulsão, sou ladrão

Exilado pelo pecado

Do pecado de Adão...

Minha fé, último quinhão...

Heber Cunha
Enviado por Heber Cunha em 22/01/2018
Código do texto: T6233266
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