Metafísica do húmus

Não há nada que segure essas águas

São vivas, arrastam, afundam...

Águas corpórea que me dominam

Preenchem, saciam...

Sou sem salvação...

Dilemas desaguam em meus pulmões...

Me encharco de lodo...

Leproso...

Sou homem do pó, da água, do mundo...

Confuso...

Metafísica do húmus...

Salvação...?

Há perdão...?

Procuro tuas mãos...

Procuro tuas mãos...

Salva-me oh oleiro, molda-me, refaz-me...

Transforma-me, sara-me...

Agracia-me com tuas mãos marcadas...

Saradas...

Heber Cunha
Enviado por Heber Cunha em 28/02/2018
Código do texto: T6266587
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