Olhando de Lado
Esqueço de toda a beleza da luz;
Se ouço meu ego e olho de lado;
Escondo a cabeça como avestruz
Sem atenção ao tênue chamado.
E saio de rompante em rompante;
Vendo somente meu pobre umbigo;
Bato a porta, digo palavras cortantes;
Sou eu assim, um pobre mendigo.
Esqueço-me tantas vezes, é verdade !
Do mundo que de amor tem fome.
Do mundo que não vive a caridade.
Melhor é apagar esse triste lado;
Há alegria muito além do homem;
Olhar de lado, agora é infantilidade.