Mudo novo-Pós Coronavírus.

Mundo Novo.

Olho para o céu e vejo o azul, as nuvens,

Por vezes um pássaro a voar,

Olho para os teus olhos e vejo alegria,

Saudades às vezes, como é lindo o brilho do seu olhar.

A água cristalina corre pelos rios,

Que passam deixando seu rastro de flores e frutos,

Carregando em suas águas os peixes multicoloridos,

Vejo nas ruas pessoas alegres,

Buscando chegar ao seu destino.

Padarias e açougues, a expor seus produtos,

Camelôs gritando para chamar a atenção,

Portas de lojas abrindo, com produtos aos milhares,

Em prateleiras para demonstração.

Igrejas acolhendo os fieis que estão chegando,

Recebidos com abraços e apertos de mão.

Ouço o sino ao longe fazendo um barulho acolhedor,

Chamando o povo para a oração,

E bem próximo dali o Pastor, clamando ao pedestre sua atenção.

Cães passeiam com seus donos, com todo cuidado,

Para não sujar o chão,

Crianças com uniformes de escola em vãs, ônibus ou com os pais,

Cadeira de rodas com um rosto feliz,

Atravessando as faixas sem nada temer,

Cegos com suas varas a tatear na escuridão,

Com o celular na mão sem problema algum,

Sabe que nada irá acontecer,

Vejo um novo mundo,

Talvez distante em seus dias, mas que nasceu de um fardo,

Carregado nos ombros de tantos de nós,

Que foram poupados dando novo início às suas vidas,

Tristezas que passaram são deixadas para trás,

Foram-se tantos políticos, cantores e atores,

Crianças, jovens e os demais,

Mães, pais, avós, amigos, são estrelas que brilham,

Passado deixado para trás.

Refletir o momento, viver o momento,

Andar pelos campos, nas orlas do mar,

Viajar pelas estradas, em navios ou aviões,

Conquistar corações ou se deixar conquistar.

Andar a cavalo com filhos e amigos,

Subir nas montanhas até o ar faltar,

Explorar as cavernas e se alegrar com os seus moradores,

Explorar ninhos de pássaros,

Escutar ao anoitecer o canto da rã,

Que gera tantos deles que vai as margens do lago encobrir,

Andar pelas trilhas das matas e lá descansar,

Brincar com animais da floresta sem eles temer,

Passear pelos shoppings de mãos dadas com seu amor e nada comprar,

Sentir o frio do ambiente e querer seu amor esquentar.

Valorizar cada segundo, o desespero de ter ou ser mais,

Deixou de incomodar,

Basta um abraço, um aperto de mão,

Um beijo na face e juntos jogar-se ao chão,

Divertir-se com toda e qualquer situação.

Sérgio Ricardo de Carvalho
Enviado por Sérgio Ricardo de Carvalho em 05/05/2020
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