SANTIDADE

SANTIDADE

Wilton Porto

QUADO eu era uma criança

com altivo sonho de ser santo

livro nas mãos em hora mansa

Olhos nos Céus Coração em canto.

Quando eu dormia - alma serena

anjos de luz comigo voavam.

Ouvia música de clarinetes: centenas!

Os vexames do medo se apaziguavam.

Na calma igreja joelhos dobrados.

Olhos fixos no Jesus, da Cruz.

Em vez de vê-lO todo ensanguentado,

O via inundado numa etérea Luz.

Parece que Seus Olhos pousavam em mim.

No meu Coração a Voz dEle: clara, forte...

Era os acordes de um violino,

traçando do meu destino a minha Sorte.

Hoje, olhando as lutas que todo dia travo,

o desempenhar de cada ação em prol do outro eu.

Percebo que a mesma voz da infância, ouço e afago,

imaginando que esta Voz vem lá do Céu.

Se me derramo sobre estas verdades - quem acredita?!

sou como o filho do Carpinteiro, que todos conhecem.

Neste Plano é tão certo, que só a ilusão se fita,

que o Cristo que pela rua pede esmola, dEle, realmente, quem se compadece?!

Se hoje, temos Profetas,

quem neles acreditam?!

São homens comuns: apenas com altas metas!

- Alertar aos desavisados daquilo que todo dia fitam.