LUZ DIVINA

Fui o nada que buscava o tudo,

E vi na poeira de um instante

Tudo se desfazer,

A ilusão desvanecer

Em um segundo,

E minhas culpas serem expostas

Ao mundo.

E como o mudo

Que tenta falar, não pode,

E de gesticulação se socorre,

Como o cego

Que tateia na escuridão

Sentia-me, na contramão

Da vida pego,

Como o ancião

Que ao poucos morre

E ninguém se apieda de sua agonia

Eu me perdia

Na confusão

De pensamentos e falsos credos,

Religião não tinha.

Era triste a sina minha...!

Me dominana superstições

Tamanhas e idolatrias

Foi que vi de repente,

A luz à frente,

Eras Tu, Jeová, que me estendias

Os braços , cai por terra

Cego pela Luz Divina!

Tu És meu Deus,

A luz que ilumina

O mundo,

O farol que guia à calmaria

Os amados filhos Teus!