Do Fingido e Ingrato que Eu Sou

Do fingido e ingrato que eu sou;

E a maldade que não pude versejar;

No poema que me veio a calhar;

E o demônio que de mim se ocultou.

Do alguém que repugnante se mostrou;

Cuja maré sempre vive a errar;

Na mentira a si próprio enganar;

E o inferno que no fundo desejou.

Cuja essência se inclina para o mal;

Pois bem também o Hades tem logrado;

Mas sempre vem o Céu e o seduz;

E espera sem saber o seu final;

Mesmo que o versejar tenha falhado;

A estrela que o Menino Deus conduz.

Yuri Borges
Enviado por Yuri Borges em 25/12/2021
Código do texto: T7414902
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