Rosa Azul
Não gosta de rosas
Mas gosta de prosas
Das coisas gostosas
É do que gostas
Daqui
Escrevendo de novo pra ti
Vou-me embora
Pra lá
Vai-te embora
Pelo mundo a fora
A mim joga fora
Não gosta de amores
Não gosta de flores
Dadas sem dores
Num mundo de horrores
Sai sem rancores
Não pede perdão
Não perde varão
Não hesita no não
Não vê coração
Poesia sem padrão
Daqui, vejo a rosa
Daqui, vejo-a morta
Assim, noto torta
A nota que entorta
Pra você, pouco importa
Não gosta de rosas
Mas canta e as eterniza
Meu cotação martiriza
E você, não se importa
Tua voz não faz mais tanta falta
A ti, tranco a porta
Nem as teclas, as cordas e a flauta
Não mais me bate à porta
Pois você não se importa.