ERRANTE...

Eu que já fui a esperança

Hoje não espero mais nada
Sou feita apenas de lembrança
Ausência, silêncio e palavra.
 
Eu sinto o gosto estranho
Do beijo dado sem amor
Desperto inerte de um sonho
Sou o néctar impuro da flor.
 
Nas mãos carrego o peso
De tantas promessas vazias
E cada olhar de desprezo
Reflete lágrimas fugidias.
 
Eu que já fui a poesia
Da lira de um anjo trovador
Hoje sou uma alma sombria
Fantasma errante da dor.
Dora Estrella
Enviado por Dora Estrella em 17/06/2014
Código do texto: T4848114
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