INVERNO IMPIEDOSO INFERNO

Você que me prometeu amor eterno e não cumpriu.

Que me deixou no inverno.

Pois que inverno inferno, sem seu calor pra me aquecer no frio.

Sem seu amor pra me matar no cio.

Sem suas mãos pra me afagarem.

Sem sua boca pra me beijar.

Você me deixou no inverno, terno, frio.

Impiedoso, eterno.

Amor que seria pra vida toda, virou unilateral.

Amor, infernal, de cores e dores.

De vários sabores.

De eternos amores, que não se cumprem,

não se correspondem, se violam,

se violentam, se desdobram em mentiras.

Falsas manias de poder tentar saborear, mais uma vez, seu corpo e nada disso valeu a pena.

Desse amor de inverno nada durou.

Nisso, tudo se acabou.

Você me enganou como o pior dos traidores,

que trazem tantos amores e vão embora, como o dia de inverno.

Frio, chuvoso, maldoso inferno.

Minha alma vazia, em sua cama fria

e nunca mais, poderemos sentir as mesmas coisas.

Falhas, as mesmas malhas, os mesmos calores.

Mentiras, somente mentiras e mais nada de concreto.

Tudo somente obsoleto, tudo sem sentido.

Amor proibido.

Morta de dor de amor, saudade que envenena.

Minha alma pequena que sofre de amor por você,

que lhe prometi o alto e todos os momentos do arauto.

Lhe pedi, com eminência de ter você, mesmo com ausência.

Por toda minha vida, sentirei você dentro de mim.

Poderia, ao menos, poder estar viva, pra poder contar isso.

Mas, hoje morro mais uma vez

e não o quero fazer por merecer

esse inferno, eterno, inverno,

que me deixou ao relento,

sem ter noção do meu sofrimento.

Hoje lhe dou o meu maior e precioso sorriso,

mesmo sem ser preciso.

Preciso de você de qualquer jeito,

porque mesmo sem saber direito,

eu lhe amo muito ainda

e nessa guerra fria, de mais uma vez, morta estaria, novamente, um dia, por sua alma fria.

Não consigo mais ter harmonia

e caio, sempre, mesmo que não poderia,

em suas palavras doces e macias.

Sofri muito, mais uma vez,

ao acordar e ver o que você fez

com uma alma que hoje, vazia,

não tem mais amor por ninguém.

Você destruiu uma mulher

e dela não sai mais nem uma palavra,

porque mesmo amargurada, a dor é sufocada.

Porque morri por você, mais uma vez,

mesmo você não merecendo mais.

Eu sei do que você é capaz.

Me deixou aos pedaços, como trapos

e não sei me compor mais.

Tento me refazer todos os dias, mas ainda não consigo.

Você foi o maior perigo

que um dia pude enfrentar.

O homem que matou meus desejos

em eternos beijos de um dia de inverno.

Nunca mais me iludirei com você.

Nunca mais terei que dizer, ao menos uma vez, preciso de você.

Não quero mais você.

Não quero mais passar frio e fome,

nessa guerra sem nome,

de um amor, devastador de guerra e dor.

Saudades do inverno eterno que passou.

Ruggeri
Enviado por Ruggeri em 12/08/2014
Código do texto: T4919076
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