APENAS UM DELÍRIO

O tempo lá fora passa, ouço o vento bater nas árvores e o assoviar das corujas na noite. Aqui dentro estou presa no meu EU, de repente, numa fração de segundo fecho os olhos e me vejo em teus braços amando-te feito louca, ah a paixão, a paixão que sentimos, o modo como me ama é algo indecifrável, indiscutivelmente a forma mais plena que há para descrever um ato de amor, de prazer, de paixão. De repente tenho a sensação de sentir você em mim de sentir teus beijos quentes, de sentir o toque quente dos teus dedos em mim, tenho a impressão de estar amando você agora nesse exato instante, em uma fração de segundo pude te sentir outra vez. Abro os olhos e vejo que o vento continua lá fora, e que as corujas continuam a assoviar noite adentro, mas dessa vez escuto um assoviar diferente e percebo que é você que estais a me observar, meu coração parece querer parar, o meu doce pensamento te trouxe até mim, olho mais uma vez para saber se os meus pensamentos não enganaram-me. Abro a porta e vejo que de fato você está ali parado na minha frente me olhando, o vento agora está mais calmo, sessou, deu lugar a chuva que agora molha teus cabelos negros e crescidos, sinto me observada por olhos famintos embaixo de uma tórrida chuva que agora se faz forte. Sem nenhuma palavra você corre até mim, me abraça, me beija com pressa, com ardor, com paixão, eu sem nada dizer correspondo na mesma proporção, nossas respirações aumentam com a velocidade do nosso desejo, desejo esse que sinto queimar dentro de mim cada vez que me olha. O mundo lá fora deixou de existir não sabemos mais se chove ou se as corujas continuam a assoviar. O barulho que agora escutamos são nossos gemidos, agora já estamos cada vez mais envolvidos no prazer que nos domina. Sinto tua boca escorregar lentamente pelo meu pescoço enquanto minhas mãos passeiam pelas tuas costas. À medida que intensificamos nossos beijos, nossos toques o nosso desejo aumenta e aumenta como a velocidade de um voo da águia. Agora nossos corpos já estão devidamente unidos em um só dançamos agora aos movimentos dos nossos corpos amando-se numa paixão sem medida, sem força, sem pensar, sem acaso, sem censura. Amamo-nos e nos amamos, loucamente sem palavras, sem nada dizer nossas conversas foram apenas a linguagem dos nos nossos corpos fundidos no prazer que nos domina. “Saciados estamos” abro os olhos e vejo que tudo foi um sonho, na fração de segundos quando fechei os olhos sonhei e nesse sonho foi onde nos amamos e lá fora o vento se faz forte perdido entre a chuva que cai na mesma proporção das minhas lágrimas. GEUSA HENRICO

Geusahenrico
Enviado por Geusahenrico em 16/10/2014
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