QUEM AMA NÃO CHORA
Perdoe-me, o amor, um tanto,
Pelo beijo que lhe recuso agora,
Que o beijo é fresca manhã de encanto,
E o meu luto é febre malsã que se demora.
Perdoe-me, o amor, por enquanto,
Se eu não puder amá-lo como fazia outrora,
Que a noite que sobre mim caiu tem um céu em pranto,
E o tempo do amor tem só alegria: quem ama não chora.