A Questão da noite

Meus vacilos cresciam o teu ego,

meu caminho, que dantes era reto

desandou e não fui capaz de ver o porquê,

doravante vou seguir com passos duros,

posso sofrer mil vez até a Aurora,

de dedos de rosa aparecer,

mas não vou me deixar enganar por

períodos doces e inúteis, tão curtos em verdade,

nem tampouco deixarei que minhas noites

sejam outras vezes fugazes, feito aqueles

dias que me concentrava em desenhar o teu rosto.

Nesta noite eu te elejo o perigo,

que farei questão de arrostar, e se nesta pugna

por acaso não te vencer, fugirei

irei para onde há paz, e se esse remanso

em minha própria mente não existir,

destrincharei cada momento nosso em minha alma

e com desdém todas eles vou menosprezar.

Amanhã quero acordar com um sorriso de maldade,

quero antever nossos inoportunos encontros

que com encanto meus olhos hão de dizer-te:

tu és uma memória fraca e de tão pouca relevância

que mais nem um verso darei o trabalho de criar.

Wédylon Rabelo
Enviado por Wédylon Rabelo em 15/12/2014
Reeditado em 26/06/2015
Código do texto: T5070759
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