Te pedi coração e os celestinos encantos
Houve por bem negar-me esta ansiedade vã
Não tens amor pois amas o reciclar ousado
Já não compreendes que estamos enganados
Queria de ti o que outros teus desenganam
E por sinais engolfaste meus poemas lusos
Estás distante, emergido no afã mergulhar
Dura e longe tua estrada me desmerece viva
Teu olhar me encanta ou assusta ao pranto
Somos os vazios de um Universo nada nosso
Te observo gulosa, nervosa, querida casta
Em breve sua longitude necessitará traços
E teu olhar embonecado,vívidas artimanhas
E teu semblante de olhar dividendo lumiar
Convenço-me de que jamais olvidará sonhos
Afinal esqueço que muito de ti já desistiu