DESENCANTAMENTO

Quando me embriago

Nas mobílias ausentes de ti,

Quando me perco

Entre paredes mofadas pelo tédio,

Os fantasmas se alinham

No lusco-fusco dos rebocos

Mal conservados e insones

De minhas carnes solitárias.

Torno-me gruta hermética

Sem teu abracadabra...

Sem teu abre-te Sésamo.

Paulo Pazz
Enviado por Paulo Pazz em 10/03/2015
Código do texto: T5164892
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