PECA-SE POR  ACREDITAR...


Pela confiança foi-te entregue a tela,
Os pinceis tintas de todas as cores para que,
Rabiscasse o doce corpo abrigo seu na ilusão,
De amante eventual, casual tentando satisfazer,
As taras e manias permitidas nos momentos de agora.

Devolve-me tudo desde o primeiro ato ao fim.
Não vale beijo roubado, mas os de morder língua
Ficando feridas as bocas de pecados azuis pureza.
É incapaz a liberdade pela precipitação havida.
Então, peca-se por acreditar nas inverdades.

Fica-se sem tela, tintas, pinceis e muito mais, o ser.
Aceitação dos próximos como agrado para a criatura
Mulata parda desprovida de quase tudo, calada inerte
Nada pede nem reclama, pois é fiel ao seu tutor.
Peca-se quando se escuta falar se não cuidar, ponho fora.

Enganos para todos os lados como se dissesse,
Vamos esquecer nada existe só aparência familiar.
Apieda-se do corpo da alma a consciência é pesada.
Amante eventual parece cansada de migalhas farrapos.
Destino incerto perde tempo com situação ambígua.

Peca-se por acreditar em pouco tempo desconsideração.
Convida-se não recebe gentileza do agradecer nem
Com qualquer desculpa, pois ignora medo perda criada.
Onde estão os pinceis as tintas a tela para rabiscos?

Qual a reputação do fazendeiro diante dos piões?
Quem de longe aprecia a tragédia do mandão,
Fica estarrecido com a falta da sabedoria do nobre.
A parda permanece crente de um amor real.
Mas é necessário pelos dores do corpo tutorial.



 
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 21/03/2015
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