NÃO...

NÃO...

Não... teu olhar negou tudo aquilo que pode,

assim quando logo te vi, mas que não procurei,

Não... foi o que você proferiu,

Tua boca assim ressaltou,

Quando nada eu te perguntei.

Não... e teu corpo fugia do toque,

De um contato que eu jamais almejei.

Não... pra você e pra mim,

Mútua concessão, não querer nada pra si,

Nem do outro, nem não...

Não...

Talvez seja mesmo entre nós,

o 'não', ao contrário do digo que sim,

entre almas e corpos que quiçá se completem,

pois inertes assim se repelem,

o 'não', de um amor escondido,

talvez não descoberto,

A nossa melhor condição.