A Sina do Poeta
Quisera amar as multiplas enamoradas mulheres
E bem o poderia, não fosse os desafetos do desamor
Empenhado em reduzir minha amorosa estrela
Em impotência ,veadagem e solidão.
Resta ao tímido as putas se elas te convem
Aos bordeis vai com falsa identidade
Vai unir o grande amor de tua verdade
A orgia raivosa e desditoso vai-e-vem.
Estás amargo como a criança sem defesa
A quem a sorte má negou o doce
E passa fome no lauto banquete
Quarentão belo obsecado pela volúpia.
A ti as musas se renderiam dadivosas
Porque roer o desejo insatisfeito?
Paga o coração seu preço as amadas
Algumas prostitutas,repito.nos convem.
Desesperado das risonhas esperanças
Desenganado entre as mil amantes
Avança para a grande incerteza do futuro
Acorrentado a triste sombra do passado.
Não queres mais nada, exceto as mulheres,
Na verdade és um grande sacana moralista,
Enamorado do esplendor das curvas
Que adoçam de poesia os múltiplos espaços.
Que não tenhas necessidades a ferro e fogo a gritar
Sobra-te tempo ,mas falta-te coragem,
E teu mundo se encaminha para as mulheres
Como o dia segue seu brilho, entre nuvens.
Coragem pois, ainda que alto seja o muro.
Namora as mulheres sem piedade nem perdão
A vida roubada não voltará mais atraz
Só te resta do presente e futuro a incerteza.
No presente as belezas feminis te sorriem
Sorri pois as belezas feminis,
O admoestador de tocaia numa moita
Armado de um calibre acima da lei.