Afogando-me
Na persistência da dor
me afogo num mar de absinto
pra ver se me livro
da vertigem provocada
pela insana lembrança
dos teus olhos verdes.
Da tua boca macia,
e tuas mãos firmes
no meu corpo.
Da tua língua afiada,
tua roupa amarrotada,
do teu cheiro empregnado
em mim.
Do afago,
do abraço,
do carinho dado,
em tempos de nós.
...
As lamúrias ditas,
mais que doidas,
é minha vida
descrita em papéis.