Se eu te amar perderei um frio gélido
A falta da compaixão que hoje morre
Estarei feliz para urdir alguém querido
E entre faltas, erros permanecido riso

De meu afeto que conjugar pesadelos
Perdida urge emoção de revelar côres
Inebriada por paixão que me animará
Solitária na geleira dum mundo triste

O amorzinho, um filete de desejos nús
Não esquecido pelo tolo tempo de ser
Dentre vidas perdidas ontem no olhar
Vesga que serei na farsa das mentiras

Inércia de quem amou desertos rudes
O quer me carregar de favores mimos
Sendo a mim o teu enfado fardo lúcido
Caída de pendores de cristalino sonho

O meu alardear de cardíacos sentidos
No espernear por ser amada recolhida
A livre escolha das nuvens de sensação
Um pulsar de serenidade que me farta

Eis que num rompante morre-se cega
Vazia a desdentar-se sem uns sorrisos
Só despencada ao abismo as vontades
Infeliz que choro pelo mero sentimento

E sedimentarei o pavimento do etéreo
A calada da noite num silêncio insurge
Revolta da alma ousada nas batalhas
E eu a despedir beijos desperdiçados...
Jurubiara Zeloso Amado
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 23/09/2016
Reeditado em 23/09/2016
Código do texto: T5770091
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