BEIJOS AO VENTO
Aquelas mãos unidas
Aqueles fortes apertos por saber que já está perto a saída
Aquele conforto do teu corpo que me absorveu
Aquela euforia que me enlouqueceu.
São lembranças, códigos escondidos, que na verdade não desapareceu.
Continuam respostas pairando sob meu teto de fraquezas
Meus sonhos de dividir minhas riquezas
Minhas preciosas sensações
Minhas preciosas emoções.
São apascentadas com tua ofegância de quem sorriu
Retribuir palavras foi bem mais forte do que ações mentirosas que o exerceu
A mim? Encheu, confortou, sumiu.
Os abandonos das tuas frases que sempre iriam ficar foram mórbidas aos apertos dolorosos da distancia do tocar
É incrível como ver tua imagem hoje é tão longe
De quando éramos vidas
Quando éramos um só sentir
Um só sentir, Um só sentir, Sentir...
Saudade amada. Volto no tempo e sou contraído por cenas lindas, inexplicáveis, insaciáveis.
Fortes? Fortes foram os afastos
Os dias incomunicáveis
Os amasos da saudade
A fúria de um instante que não quis ficar, quando escorreguei na tua pele, gritando nos dias aqui para não Partir, Partir...Partir... Partir...
Partiu.
Como quem parte e não posso ver voltar
Como quem parte um pão
Como quem não quer correr por saber que vai cansar
Mas aquelas mão unidas.
Onde era só eu e você
E aquele céu impecável, sim. A natureza é impactantemente bela, suave.
Como um aplauso ofegante. Reinando as expressões do invisível
Ah... Aquelas mãos unidas
Foram desunidas
Forçada por mim mesmo.
Eu não podia deixar você doente
Volta
Volta?
Volta...
Espero.
Sim... Fui feliz!
Beijos ao vento