Ar

Você tem mania de complicar tudo

Dizendo as coisas mais simples.

De estilingue em punho

Dúvidas são até normais.

Foi só chegar o verão azedo

E a chuva não levou nada demais.

Vou rabiscar madeiras,

Desmanchar ciúme pra nunca mais.

Tinha só uma imagem

E vontade de conversar.

Era um desejo

E uma foto para falar.

Burilar as palavras é chato,

Relembrar o futuro é exato.

Tomar um porre de ar é normal,

Dirigir de trás pra frente é igual.

De um dia passa à esperança.

O telefone chiou, o café esfriou,

A cerveja esquentou, a torcida murchou...

E ainda tem lugar aqui.

Álvaro Marcos Teles
Enviado por Álvaro Marcos Teles em 04/09/2017
Código do texto: T6104090
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.