ELEGIA CÍCLICA
Um eu vazio à cada fim
Sem resposta nem culpado
Sem contexto com meu presságio:
Um grito calado!
Que a memória eterniza
E reprisa em cada estágio
Na busca incessável
De um ato culpável
Um abraço gelado
Um momento instável
Nas reminiscências
Desse sentimento mutável.
Compreensão ao fogo
Que evolui pra sua destruição
Sustenta-se até o fim
Até sua última faísca
Sua terminação é consequente
Se não há nada mais equivalente
E se eterniza nas cinzas, precocemente.
O fim, corte evitável
Mas presente neste ciclo vicioso
Se compreendo seu desfecho
Talvez torne-o menos doloroso.
Através de lembranças
Inda irei contemplar o ápice
Desse amor abstrato
Consebido à mim
Sentido por nós
E por poesia
Acabado.