Doce vingança
Vejo que teu orgulho passeia incólume sobre mim,
Por conta do manto de insensatez que te reveste.
Abominas nosso começo e desprezas nosso fim.
Eis aí o imenso mal que a todo tempo me fizeste.
Mas é do teu âmago ferino que extraio minha esperança,
Na plena certeza de que teus males contigo partirão.
E bem de frente de tua ironia, deixo minha vingança,
Lançando de volta falsas flechas de amor em contramão.
Agora, mesmo cético, sigo o meu caminho de dor,
Pois não tens mais qualquer poder sobre minha intenção.
Ignorando de vez teu torpe sentimento, seja ele qual for,
Não te darei mais prazer por tão recôndita paixão.