DOR SEM NOME
Ele me disse: adeus! Depois de ter me usado.
Ele preferiu outra. Depois de ter se lambuzado.
As lágrimas são muito pouco para externar a intensidade;
do que sofre um coração, prisioneiro da maldade.
Que amaldiçoem aquele dia! Disse Jó desiludido.
Eu preferia a morte! Gritou Tamar sem mais pedidos.
Ninguém me vê!
Acreditou Hagar vendo seu futuro perdido.
Por mais que pense o intérprete,
não haverá percepção;
que experimente esta dor
sem estar naquele coração.
Por mais que chore arrependido
quem ficou do outro lado
Nunca poderá saber,
o que sofreu o abandonado.
Podem dizer que sangra...
Podem chamar de abismo...
Podem chamar de noite...
Ou outro apelido.
Mas na verdade não tem nome,
cor ou identidade;
mas é difícil reerguer
quem sofre nesta intensidade.