Minha brisa

Logo no começo eu sentia

Aquela quente brisa

Que por meu corpo fluía

Que me entorpecia

Mas eu deixava seguir

Não me incomodava ser drogado

Não por aquele amor

Não por aquela brisa

Não me incomodava ser cortejado

Não por aqueles olhos

Não por aquela boca

Jamais por aqueles lábios

Lábios estes que um dia foram tão doces

E hoje me retrucam

Me enojam

Me amarguram

E aquela tímida porém quente brisa

Que me acolhia em seus ventos mansos

Hoje é raivosa e fria

E sem nenhuma categoria

Me afasta e diz

Quero morrer sozinha.

Vítor Prestes
Enviado por Vítor Prestes em 22/10/2018
Reeditado em 24/10/2018
Código do texto: T6482727
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