Saudade

Sinto saudade de um tempo que não volta;

Do teu jeito de manhosa, da maneira melindrosa;

Do beijo da tua boca saborosa, que tem sabor de rosa;

Da tua voz prazerosa; da tua cabeleira

Da inocência que incendeia.

O teu nome de santa em ti nada adianta,

Mas me faz lembrar de quando a min o Mar ia.

Princesa, flor, franzina...

Tantos apelidos a ti te tinha.

Ao te ver, felicidade em min se fazia;

Alegria havia em teu rosto de menina,

O mesmo rosto que revela a malícia e que rogava por carícia.

Recordo-me do teu jeito de menina,

Das brincadeiras às escondidas, nos cantos estreitos das redondilhas;

Das tuas delicias.

Criava-se poesia naquele andar de cima...

Mas o destino assim não quis, errado também fiz.

Erramos, e, no erro, nos encontramos ao encontro de nossos caminhos

Afinal, eramos dois libertinos;

Perdoar-la-ei, quando eu não sei.

Como diria Manoel Bandeira:

O que me teu na telha?!

Cantar em medida velha os teu encantos de menina.

Bruno Godoy
Enviado por Bruno Godoy em 21/03/2019
Código do texto: T6603969
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