Devoradora de meu vazio

Se me tens descarta-me

Se não me tens procura-me

A importância seletiva

Em que me colocas

Confunde todos meus sentidos

Teus olhares cada vez mais doídos

E tão lotados de incertezas

És meu descontrole

Em que me controlas

Marionetes cansam-se de suas cordas?

Ou todas são como eu

Constantemente apaixonadas

Mesmo que desatadas

Insistem em se juntar em forca

Afoga-me com tua indiferença

Preencha-me de teu rancor

Assassine-me com teu desamor

Iluda-me com a falsa esperança

Apaixone-me pelo teu olhar que come almas

E devora meu vazio

Sinta minha dor

Aja com o mínimo pudor

E empatize-se de mim

Mesmo que signifique adeus