Despedida
Abracei-lhe como a última pose,
Conferir em mim o meu íntimo flagelo,
Desfazendo em mim a certeza que ainda quero.
Mas aquele toque, um sopro!
Cortou-me os olhos tortos
Para não mais sonhar.
Por que o amor ainda estava furtivo
E eu esquecido
Que agora eu sou singular!
E tão, tardio peregrino,
O coração feito um tecido fino
Pôs-se a rasgar.
E não importou e nem importa
Sobre aqueles dias e horas
O tempo me levou e ela já vai embora.
... Foi para mim o instante fictício;
O sol se pôr veementemente no horizonte
Arrastando-me para seu longe.
E nem percebi que já era noite...
E moribundas, as estrelas ficaram sem entender
Porque você não virá mais mim fazer viver.
...minha alma nua perde agora o seu vertido
Assim como alimento torna vivo um coração
Não quisera eu deixar-te ir...
Mais assim como a flor
Rouba o beijo do beija-flor
Tu quiseres ir em busca de um novo amor.