Vingança
Naquele momento em que você na floresta me deixou
Vi a sua silhueta se perdendo em meio a tudo que a gente já sonhou.
Querida, você não se importou com a minha dor
Tudo o que me restou fora rancor.
E por meses sofri...
Enfim, cresci.
Vi que você não é a mais bela
Não é a minha eterna donzela.
Vi toda escuridão em seu peito
Todo o seu jeito suspeito.
Querida, você não acreditou
Da minha maldade você duvidou.
Não se engane, princesa minha
Não se deixe levar por essa minha boquinha.
Tantas lábias eu contei
O jogo virei.
Jurei que faria você pagar
Todos os pecados você desejaria apagar.
Não se engane, minha flor de jasmim
Não sou tão sua assim.
E nessas horas, pequena, viro vendaval
Ciclone, e faço o seu funeral.
Pois toda aquela sua turvação
Não se iguala ao meu furacão.
A vingança foi planejada em mente, escrita no papel
Doce feito mel.
Ah
Um dia já houve amor
Agora eu sou o seu tumor.
Matei a nossa paixão aos poucos
Como fazem os loucos.
Afinal,
É o que eu sou: caótica.
Minha vingança foi diabólica.