Solilóquio

Solilóquio

Como seria bom um dia ainda

eu conseguir ritmar

os boleros da minha mente

e compartilhar com o mundo

cada fração de segundo

de cada melodia

que vive acontecendo

na minha imaginação.

São letras e notas

que as vezes padecem de sentido

às vezes delírios,

devaneios,

desventuras

enfim,

dos desamores já vivenciados

restaram suas particularidades.

Eu tento passar pro papel

mas é em vão

pois não tem sentido

fora dessa caixa

que é minha mente

às vezes por estar vazia

e pode ser serviço

de uma obra demoníaca.

Mas que bom seria

deixar marcado

hoje no presente

para no futuro

recordar desse recente pretérito

do tempo de quando

cada desamor,

cada soneto, cada bolero

tinha razão de ser.

Mateus Almeida Santos. 10/09/2021

Mateus Almeida
Enviado por Mateus Almeida em 10/09/2021
Código do texto: T7339274
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