Um céu sem cometas

Tantas noites eu te procurei,

Mesmo sabendo que não estava lá,

tantas vezes eu chorei,

acreditando que não podia mais sonhar.

Os céus... sempre sem estrelas,

O passado... um lugar sombrio,

O mundo sempre pareceu sem beleza,

Sempre acreditando que ficaria sozinho.

Tantas tardes, silenciosamente, gritei!

Mesmo sabendo que não escutaria...

Tantas vezes mergulhei

Nas lágrimas que separam a noite e o dia.

Os jardins... nunca com flores,

O futuro... um lugar escuro!

A galáxia sempre parecerá sem cores,

Quando tu não estas no meu mundo.

Tantas manhãs, estrondosamente, eu me calei...

Mesmo sabendo que me ouviria,

Tantas vezes me espantei,

Ao ver minha coragem virar covardia.

Os oceanos... sempre sem mares,

O presente, um estranho vácuo,

O universo parece estar indo pelos ares,

Restando nem futuro ou sequer passado!

Entre noites, tardes e manhãs,

Eu te procurei!

Entre os planetas e galáxias

Desse imenso universo,

Eu gritei!

Entretanto,

Porém,

Contudo,

No lugar onde adormeço...

O céu não tem cometas,

E os campos não possuem cores..

O passado e o futuro

Atormentam o presente,

Enquanto...

As batidas da minha única

E mais bela canção

Se tornam ausentes.

Esse poema,

Assim como poeira,

Volta ao nada,

Indo embora...

minha musa,

No mais oculto da minha alma,

Restando... o silêncio,

O grito,

A poesia

Esse texto

E mais nada!

RS Schindler (Renan Souza) -14,10,2021

RS Schindler (Renan Souza)
Enviado por RS Schindler (Renan Souza) em 04/10/2021
Código do texto: T7356619
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