Sanguessuga emocional

Te apraz me maltratar,

Te causa gozo o meu desespero,

Tu te sentes poderosa

Ao me causar pavor e medo;

Alimenta-se como sanguessuga

Do doce sangue de meu amor,

Mata-me aos poucos e lentamente,

E teu brinde é minha dor;

Será que de fato me amas?

Essa dúvida me dominou.

Por que o meu sangue derramas?

Afinal, onde está teu amor?

Não me ouves, não me vês,

Não me deixas descansar,

Te diverte açoitar-me

E minha alma torturar;

O que queres de mim, amor?

Já não te bastam os meus versos?

Já não ouves o meu clamor,

E teus atos são perversos;

Deixa-me ir ou me acolhes de vez,

Acaba agora com essa labuta!

Já não suporto esse talvez,

Já não suporto essa luta.

26 de Janeiro de 2022, Natal/RN

Augustophilo
Enviado por Augustophilo em 26/01/2022
Código do texto: T7437928
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