Pobre coitada da praça

Pobre coitada da praça

que todo dia - desgraça -

te vê de mãozinha dada

com o teu novo grande amor.

Pobre coitada da praça

que nem reclamar pode,

quando esse teu homem ajoelha

e pega pra ti uma flor.

Pobre coitada da praça

obrigada a ouvir teu risinho

sabendo que em todo o caminho

nunca te viu rir assim.

Mas tu nunca veio na praça,

então de onde vem a lembrança

que eu vejo ao fechar os olhos?

Ah sim...

Pobre coitado de mim.