Desamor

Desamor

Quem dera falar de flor

Desamor

Quem me dera na vida ter tido algum tipo de amor

Desamor

Quem me dera se em minha existência eu não sentisse tanta dor

Desamor

Quem me dera não estar tão sozinho

Morrendo no vazio e no abandono

De um quarto miserável

Onde não há calor

Nem flores

Apenas dor

E desamor

Mas quem me dera poder falar de flores e de amor

Mas não dá

Em toda minha existência eu só conheci a falta de amor

E o desamor em sua plenitude

Que é o estar completamente só

No mais obscuro e deserto abandono

E não há palavras de consolo

Apenas a certeza da morte solitária

E de carregar nessa existência apenas a mais fria e triste dor

A eterna dor do mais puro e frio desamor

Serei dor até o fim

E ainda assim jamais deixarei de lutar sozinho pelo que acredito

As lutas solitárias também são legítimas

E as lágrimas da pessoa sozinha também formam um mar de lágrimas

Um mar repleto de tristeza, dor e desamor

Dedico esse poema a todas as pessoas que como eu nunca foram amadas na vida e morreram doentes, abandonadas e sozinhas. Sem nunca conhecerem o verdadeiro amor.

Marcos Welber
Enviado por Marcos Welber em 30/04/2023
Reeditado em 16/05/2023
Código do texto: T7776844
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