Rio

Descendo as águas barrentas

Caudaloso rio de memórias

De formas bruscas, nada lentas

Milhões de litros de histórias

Navegando sobre essas cenas

Há peixes brigando para subir

Como se estivesse na piracema

Se caírem sei que irão sucumbir

Meus medos estão mergulhados

No liquidificador dessa densa vida

Onde inerte eu caí do meu barco

E nado sem uma rota de saída

Um rio cruel e a sua correnteza

Me jogando contra suas pedras

Vai dando uma surra de tristeza

Não se se sobrevivo a tantas quedas.

Um poeta e só
Enviado por Um poeta e só em 17/07/2023
Reeditado em 17/07/2023
Código do texto: T7838852
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