A tardia realidade.

 

Quanto de miséria traz a incomunicabilidade!

Quão infértil e tenaz, a tua insensibilidade!

 

Quanto vazio traz a tua indiferença! 

Do sentimento fugaz à apatia imensa.

 

Prefiro o dorido das palavras,

As quais posso, pelo menos, rebater,

Insano é o silêncio que me cravas,

Pérfido, sem deixar me defender.

 

O silêncio é, por ora, sensatez,

Ora, denota um gélido desprezo, 

Teu silêncio só fez apagar de vez,

O que jamais deveria ser aceso.