Eu Queria Ser Um Som Agridoce no Piano de Fiona Apple

Abruptamente o tear dos dias

Funde-se no impasse de teatros

O prelúdio desaparece entre os olhos

E já uma outra geração que tem suas vontades ouvidas

Fale de histerias como se falasse de amores mal feitos

A ode pelo que é nocivo embrulha o estômago

O crivo desse Narciso as margens de um mar de espelhos

Tudo é a angústia egoísta de suas perversões

Quando há falta de encontro, escreva o beijo esvaziado

Dado a palavra que rompe com a auto rejeição

Não se esconda nas frestas dos outros

Assuma sua fantasia, a vista ou a queime

A espera de seu aceite

A cilada costura um culto

Que me faz vítima, que te faz viúvo

Até o discurso fora elaborado com esmero

Há receitas que serão confissões

Nenhuma delas ao teu interesse

Já foram tidas e exprimidas

Hoje são sulco do que se digladia

Mais do que tuas pupilas

Um precipício de rigores

Além de anzóis, guinchos

Içando meu corpo em cartaz

A luz que verte ao redor de luas

Era o blues que eu reinava em tua cortesia

A areia se formando entre meu exílio era lembrete

Que te intencionar com tanta gana era uma faca de dois gumes

A vigília derrubaria rosas de prateleiras

Escassa figura se contraí feito memória muscular

Afim de evitar meu nome, mas você sabe que já é março

Por fim, compreenderia: É o equinócio nos alinhado outra vez...

Pierrot Ruivo
Enviado por Pierrot Ruivo em 21/12/2023
Código do texto: T7959201
Classificação de conteúdo: seguro