MOMENTOS NEGROS
Todo dia existe um momento triste que atormenta o meu ser.
Procuro em vão uma resposta, mas ainda não encontrei.
Talvez seja um pouco de loucura da minha vontade de te querer.
Maltratando a minha alma e mostrando que de mim eu nada sei.
Não dá mais para segurar essa barra pesada, quase um desespêro.
Quisera a vida conseguisse fugir de mim, e eu pudesse morrer.
Para não ter mais saudades, e esquecer o meu grande êrro.
De te amar desesperadamente e por uma bobagem te perder.
Dói a saudade, a lembrança, dói essa maldita solidão.
Não adianta mais sorrir, fingir ser feliz e enganar o mundo.
Pois a tua ausência presente, maltrata demais o meu coração.
E a angústia se torna amiga nesses momentos negros e profundos.
Para mim não existe mais o amanhã, o futuro.
Eu sei apenas que te perdí, que morro sozinho, calado.
O meu caminho não tem mais paz e é tão escuro.
Depois do teu amor só sinto n’alma o gosto amargo do pecado.
Existiram momentos alegres, paz e tanta felicidade.
Mas o teu orgulho, o rancor, juntos foram mais fortes.
Destruíram o amor e deixaram um deserto de saudades.
Não adiantou o meu jeito de te querer, de te amar.
Pois hoje não restam mais as alegrias, nem felicidades.
O que restou foi essa distância que sempre irá nos separar.
Manaus, 29 de novembro de 1988.
Marcos Antonio Costa da Silva