ANIPNIA

(MEIA-NOITE)
No silêncio da escuridão
Ouço sua voz
O pulsar do coração
Alvitres de nós

(UMA HORA)
Escuridão que é solidão
De um momento veloz
Na pugna da emoção
Que desperta o que é feroz

(DUAS HORAS)
Solidão de te observar
No requinte dos panos
De ver o teu viajar
Sobre as nuvens dos anos

(TRÊS HORAS)
Observar-te bem de perto
Tocar-te com os sentidos
Sem a percepção do certo
Esquecendo-me dos perigos

(QUATRO HORAS)
Perto de ti, ah! Bastaria!
Mesmo longe da razão
Ter-te por um só dia
Na calma desta escuridão

(CINCO HORAS)
Escuridão que não é mais
Pois, já raia a aurora
Uma obscuridade para trás
E tu? Onde és agora?

(SEIS HORAS)
...
Fábio Launiz
Enviado por Fábio Launiz em 27/06/2008
Reeditado em 19/06/2016
Código do texto: T1053940
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