Tempestade

Futuro incerto, destino desconhecido;

Tempo de vôo para lugar algum?

Desta viagem quero receber a milhagem.

Apertem os cintos, vejam o aviso de não fumar.

Já passamos dos cem e a tendência é aumentar a velocidade

Passado passando no espelho retrovisor

E ainda não consigo ver o linha de chegada.

Quem sabe ela nem exista de verdade.

Fui ao inferno e lá abracei o diabo.

Ele não é como Dante diz

É muito mais feio, sujo e podre;

E passamos por ele sem um Vírgilio.

Depois de um tempo se perde a esperança de ver uma Beatriz

Que vai te conduzir ate o céu

E Deus também não é o bom velhinho de barba branca

Parece mais o sujeito vingativo do velho testamento.

Agora isso tudo ficou “em algum lugar do passado”.

Para onde vou? Não sei! Como irei? Vai saber!

A vida segue noite adentro berrando pela luz do sol.

Loucura, insanidade, medo e delírio;

Mentiras, hipocrisia e destempero

Já são coisas de um remoto passado.

Vida normal, seja bem vinda, estava a sua espera.

Afrouxem os cintos, já esta na hora do sol raiar.

Marcelo Riboni
Enviado por Marcelo Riboni em 03/07/2008
Reeditado em 15/02/2013
Código do texto: T1063556
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