Epitáfio
Epitáfio
Quando morrer não quero ostentações,
mausoléus e pompas desnecessárias,
meu cadáver não pretende se prestar
a demonstrações vãs e perdulárias.
Quando morrer quero uma cova rasa
que receba meu corpo já frio
não quero flores, velórios em casa,
pois enquanto vivo disso me rio.
Da minha morte nada espero
pois da vida aproveitei delícias
e enquanto defunto estendido
de nada me valerão carícias.
Desprezo as demonstrações de dor.
Mauro Gouvêa