ACORRENTADA

Estou presa ao passado.

As paredes de minhas memórias

Estão cheias de teias de aranha.

Lençóis brancos, como fantasmas,

Cobrem meus momentos mais felizes.

Por todos os lados,

Procuro o que tive e perdi, mas...

Tudo me maltrata,

Tudo me condena.

Sou apenas espectro do que vivi.

Como espírito, que arrasta suas correntes,

Assombrando as noites sem fim.