Vento
Quando a noite chega,
e o vento insiste em soprar
teu nome em forma de tortura,
só me faz lembrar
que nada muda.
E ele traz teu cheiro,
teu calor que me envolve
que já não mais quero
mas devolve o meu querer.
Meus sentidos se perdem
te acham, te desejam
contra a minha intuição
e toda proteção que ergo.
Mas um dia o vento há de soprar
e eu estarei preparada
com a janela fechada
e isso vai passar.
Sem mais torturas,
gosto ou desejo.
Há sim, eu vejo,
o dia em que não serei mais tua.