Onde estão teus olhos
 
Na permanência do tempo perdido
As crianças cantarolaram a perfeição
Cultuaste o sentir no porto da solidão
 
Ao lamuria d’alma de Eurídice
Reduziste meu sentir ao vão do nada
Esperança única perdida
Ficaste ao pó de suas lembranças...
 
N’alguma luz ousou escurecer o olhar
Diária redenção esperançada na vinda
Juras do falso sentir foram profetizadas
Esquecidas e jogadas a lama do desamor
Passos descompassados
Agora apagados...
 
Fantasiaste o viver da menina
O olhar no vazio da solidão...
 
Onde estão teus olhos?
Perdidos, no porto, mas próximo.
 

(Segunda réplica na integra de uma poesia deste recanto)
* Dedicada ao você, meu ex-amor.
 
Samara Lopes
Enviado por Samara Lopes em 02/10/2008
Reeditado em 02/10/2008
Código do texto: T1208283
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