DESABAFO – Parte 2

Porque me olhas com tanta ternura

Sabe-se bem que não sou nenhuma doçura

Pra que tanta gastura

Em querer me conhecer a essa altura?

Piso forte sou guerreira, disso me orgulho, de fato

Assumo minha guerra, minha dor e meu fardo

Você me olha com tal admiração

Que não sei se é loucura ou paixão

Tive minhas escolhas na vida

E uma delas foi crescer

Só não me avisaram antes

Que pra isso é preciso morrer

Postar-se na frente, cabeça erguida

Deixar a mágoa esquecida

E deixar a vida acontecer

Porque me olhas como se me conhecesse

Não sabes o fardo que em mim padece

De tudo na vida fiz um pouco e merece

Minha atenção e assim acontece

Pois antes que meu eu morresse

Morreu-se em mim o que me entristece

Desculpe, não faço por maldade

Somente não tenho mais a vã idade

De brincar de esconde-esconde com a vida

E esperar que ela me encontre mais tarde

Vou encontrá-la primeiro

E poder dizer aos que virão depois, a minha verdade

Que o amor não há dinheiro que compre nem pague

E não há desamor que se apague

E nessa busca incessante que faz meu percurso

Não dou chance pra nenhum tipo de abuso

Se gostar, eu compro e uso

Não preciso de aprovação

nem discurso

Pois não sou nenhum tipo de intruso

Querendo invadir seu coração.

Pois pra isso outras virão

e não precisas de minha mão

Nem pra afagar e nem fazer oração

Cada qual que busque sua própria solução.

Denilsamore
Enviado por Denilsamore em 08/10/2008
Código do texto: T1216908
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