escarnio
Oh escárnio da noite sombria
Que vens a minha procura
Arranca de mim a doçura
Que a vida me fez perder
Imóvel na noite fria
Recebo o sobejo da ira
Num quarto escuro
Sombrio vazio
Oh, intruso misterioso
Procuras o teu consolo
Num corpo inerte
Infeliz e sofredor
Despeja o resto de ódio
No lago escuro e frio
Que nada mais sente
Nem espera nenhum amor
Deixa o meu trocado
Que agora te é cobrado
Pelo uso do meu corpo exausto
Quebrado, perdido
Que se evapora a seguir
Sem amor, sem pudor
Cheio de rancor
Cheio de rancor