escarnio

Oh escárnio da noite sombria

Que vens a minha procura

Arranca de mim a doçura

Que a vida me fez perder

Imóvel na noite fria

Recebo o sobejo da ira

Num quarto escuro

Sombrio vazio

Oh, intruso misterioso

Procuras o teu consolo

Num corpo inerte

Infeliz e sofredor

Despeja o resto de ódio

No lago escuro e frio

Que nada mais sente

Nem espera nenhum amor

Deixa o meu trocado

Que agora te é cobrado

Pelo uso do meu corpo exausto

Quebrado, perdido

Que se evapora a seguir

Sem amor, sem pudor

Cheio de rancor

Cheio de rancor

Amélia Aragão
Enviado por Amélia Aragão em 10/10/2008
Código do texto: T1222052
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.