Cansei...

Eu disse que me iria me reerguer

Não quero ter mais nada a perder

Não posso mais assim fraquejar

Tenho muita coisa ainda a vivenciar

Tive que queimar muitas fotografias

Mas agora estou a sorrir todos os dias

Fiz o certo, fiz o necessário

Mas tive que receber o contrário

Depois de tanta desilusão

A vida novamente deu-me uma lição

Deu-me uma nova paixão

Agora posso fazer meu próprio pão

O que eu queria era só me livrar de tudo

Fingir que sou mudo... Ou sou surdo...

Recebo todo o amor e carinho que quero

Recebo toda a atenção e valor que espero

Farei o que for preciso para te dar um aviso:

Cansei de me apedrejar e me esfaquear

Cansei de mudar para calar, pregar e sonhar

Cansei de me iludir e sorrir, depois sentir o sangue cair

Cansei de tentar acreditar... Que um ser patético iria se importar...

Nem entender o que estava a receber... uma árvore morta, com raiz torta... Parecia um teatro falido, o palhaço havia sumido...

Mas agora, te entrego tudo o que eu senti...

Entrego o amor mórbido que assassinei, que eu cortei e esmaguei no chão antes de enterrá-lo em seu quintal!

Com certeza não irás ler isto, nem me preocupa...

Pobre mente, não sai de sua alienação, de sua interpretação.

Que pobre gente que não sabe amar: Põe a culpa no que precisar!

Daqui em diante vou ser cego, surdo e mudo... Mas não para alguém que me ame, que saiba me valorizar.

Só para uma pessoa que sabe só me criticar e estampar em minha cara a culpa de sonhar!

Vá para longe, suma da minha vista! Aqui, agora tu nao és mais bem quista...

Por MIM!

Como pude chorar ao saber

Que irias partir ao amanhecer?

Que tolice... Nem lembro mais o que disse...

Matheus Mendes
Enviado por Matheus Mendes em 24/10/2008
Código do texto: T1246340
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